terça-feira, 16 de novembro de 2010

Foto: veja um dos capacetes do campeão de 2010 da F1

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A pintura do capacete lembra uma lata do energético mais vendido no mundo. Esse é apenas um dos vários capacetes do piloto, que usava um equipamento com a pintura diferente a cada Grande Prêmio

domingo, 14 de novembro de 2010

Após erros em 2010, Vettel é campeão sem nunca ter liderado a temporada

O título de Sebastian Vettel em 2010 serviu para derrubar uma antiga marca na Fórmula 1. Nunca um piloto conseguiu ser campeão do mundo sem ter antes liderado o campeonato. Com o alemão da RBR, no entanto, foi assim. Tido como muito rápido, sempre cometeu muitos erros desde sua chegada à categoria. Neste ano, entretanto, eles cresceram na mesma proporção em que conseguia poles positions: foram 10 nas 19 corridas da temporada, mais da metade.
sebastian Vettel RBR do gp de Abu Dhabi bandeirada 
Sebastian Vettel se recupera dos erros cometidos na temporada e fica com título  (Foto: agência Reuters)
Tudo começou no GP da Turquia, ainda na primeira metade da temporada, quando a RBR, após alguns problemas mecânicos, assumiu a posição de favorita ao título. Com o companheiro Mark Webber na liderança, Vettel se afobou, tentou ultrapassar o australiano, que defendeu a posição. Ele acabou perdendo o controle do carro e acertou o do rival. O alemão teve de abandonar a prova, perdeu pontos importantes e ainda iniciou uma crise dentro da equipe.

Duas corridas depois, mais uma de Vettel. Após a confusão da asa dianteira durante o treino classificatório, quando usou uma peça que pertencia a Webber e o australiano reclamou, Vettel largou mal e foi afobado na primeira curva. Após ser fechado pelo companheiro, que tinha assumido a ponta, o alemão acabou tendo o pneu furado involuntariamente pela asa dianteira de Hamilton. Após uma corrida de recuperação, ele ainda conseguiu chegar em sétimo.
 Os erros de Vettel continuaram na Alemanha. Ele conseguiu a pole no último minuto do treino classificatório, mas largou mal novamente e acabou superado pelas Ferraris de Felipe Massa e Fernando Alonso. Depois, sequer conseguiu acompanhar o ritmo dos rivais, que dispararam e protagonizaram a polêmica troca de posições para que o espanhol vencesse a corrida. O alemão teve de se contentar com o terceiro posto no GP.

A situação se repetiu pela terceira corrida seguida. Vettel foi pole na Hungria, mas cometeu um erro primário durante a intervenção do safety car. Ele deixou que o carro de segurança abrisse uma vantagem maior do que a permitida pelo regulamento e foi punido com um drive through (passagem pelos boxes). Mas voltou à pista e ainda conseguiu subir ao pódio na terceira posição.

Na Bélgica, novamente, uma falha. Vettel perdeu o controle do carro na freada para a chicane Bus Stop, na 16ª volta, e acertou o inglês Jenson Button, forçando o abandono do atual campeão do mundo. Ele foi punido com um drive through por causa da batida. Depois disso, ainda teve um pneu furado ao calcular mal o espaço e acertar a asa dianteira de Vitantonio Liuzzi, da Force India, quando o ultrapassava. Após cinco pit stops, terminou apenas em 15º.

Na parte final do campeonato, Vettel sossegou e começou a fazer corridas mais centradas, menos impulsivas. Ele pontuou em quatro das cinco e venceu duas. Só que deu azar na Coreia do Sul, quando liderava e o motor abriu o bico a poucas voltas do fim. Apesar disso, ele ainda conseguiu se recuperar e conquistar o título mundial em 2010.

Vettel domina em Abu Dhabi, seca Alonso e arranca o título da Fórmula 1

Sebastian Vettel chegou a Abu Dhabi sem nenhuma intimidade com o topo da tabela da Fórmula 1. O alemão da RBR não liderou a temporada em momento algum e entrou na última prova do ano como azarão para conquistar o título. Foi apresentado à liderança na hora certa, disse “muito prazer” e levantou uma taça que parecia improvável. Vettel largou na pole neste domingo, não olhou mais no retrovisor e empurrou a enrascada para quem vinha atrás. Ainda tinha de secar o bicampeão Fernando Alonso, que só precisava chegar em quarto lugar para ser tri. Parecia fácil para a Ferrari, mas não foi. O espanhol sofreu com os intrusos à sua frente e cruzou apenas em sétimo. Aos 23 anos, o alemão torna-se o piloto mais jovem a erguer um troféu da categoria.
Dono de 10 pole positions no campeonato de 2010, Vettel nunca precisou tanto confirmar a rapidez da sua RBR. No circuito da Yas Marina, só abriu mão do primeiro lugar por alguns instantes, quando parou nos boxes. E contou com a sorte de ver Alonso engarrafado lá atrás. Na temporada que começou com a notícia bombástica do retorno de Michael Schumacher, a Alemanha vibra com a ousadia de um garoto que tem idade para ser seu filho. O novíssimo campeão.
sebastian Vettel RBR do gp de Abu Dhabi bandeirada 
Flutuando: o campeão Sebastian Vettel era só alegria no pódio de Abu Dhabi (Foto: agência Reuters)

Lewis Hamilton, da McLaren, cruzou em segundo, mas suas chances de título eram remotas demais para buscar o milagre. Campeão em 2009 e sem chances em Abu Dhabi, Jenson Button foi o terceiro, seguido pelos coadjuvantes Nico Rosberg, da Mercedes, Robert Kubica, da Renault, e seu companheiro Vitaly Petrov. Alonso terminou em sétimo, à frente de Mark Webber, que em nenhum momento deu sinais de que poderia ganhar o título. Resta ao australiano de 34 anos ver o companheiro, uma década mais jovem e "queridinho" da equipe, levantando o troféu.
O triunfo de Vettel coroa um ano quase perfeito para a RBR, que já tinha conquistado o Mundial de Construtores por antecipação em Interlagos. Um prêmio à escuderia que em nenhum momento fez jogo de equipe e liberou seus pilotos para a disputa interna na pista. A Ferrari, mesmo com a polêmica troca de posições no GP da Alemanha, bate na trave com o vice-campeonato de Alonso, que ficou a quatro pontos do rival alemão.

Despedida melancólica de Alonso O espanhol ainda saiu da temporada pela porta dos fundos. Dentro da pista, após a bandeirada, reclamou com Petrov, que não lhe facilitou a vida. Saiu do carro vaiado, enquanto o russo era aplaudidíssimo por ter segurado o piloto da Ferrari na maior parte da prova. Fernando foi o único a não cumprimentar Vettel após a corrida, e a escuderia italiana sumiu da festa do pódio, que geralmente tem representantes de todos os times: não havia um macacão vermelho sequer.
Àquela altura, claro, o alemão não estava nem aí para o chororô da Ferrari. Choro genuíno foi o seu, feito criança, pelo rádio. Ainda ao volante, agradeceu à RBR. No pódio, com os cabelos rebeldes bagunçados, ergueu os braços, levou as mãos ao rosto duas vezes e encheu os olhos d'água. Tomou um banho de champanhe de Button e Hamilton, justamente os dois campeões anteriores. Está passada a faixa. A Fórmula 1 tem um novo campeão. O mais novo de todos os tempos.
Os brasileiros se despediram de 2010 com papéis de figurantes neste domingo. Felipe Massa, da Ferrari, foi o décimo, e Rubens Barrichello chegou em 12º. Lucas Di Grassi, da VRT, cruzou em 18º, seguido por Bruno Senna, da Hispania, o antepenúltimo.
Schumi roda e tumultua início da prova A corrida já começou tensa. Vettel manteve a ponta, seguido por Hamilton, mas Alonso perdeu a terceira posição para Button. E os holofotes, enfim, se voltaram para Schumacher. Não do jeito que o alemão gostaria, claro. Com um discreto nono lugar na classificação da temporada, ele só atraiu a atenção quando sua Mercedes rodou na primeira volta e parou no meio da pista, virada na contramão. O italiano Vitantonio Liuzzi não conseguiu desviar e literalmente escalou o carro de Schumi . Safety car na pista durante cinco voltas.
Na hora da relargada, o cenário era de limite para Alonso. O espanhol precisava resistir aos ataques de Webber e segurar a quinta posição, para que o título não caísse no colo de Vettel. Ainda havia 50 voltas pela frente, mas o piloto da Ferrari começava a ver o tricampeonato escapando.
sebastian Vettel RBR do gp de Abu Dhabi bandeirada 
A bandeirada histórica de Vettel (Foto: agência EFE)

Enquanto o alemão da RBR mantinha a ponta, Alonso estava em 11º na metade da corrida - posição fictícia, já que vários rivais ainda precisavam passar pelos boxes. Mas o espanhol se via preso atrás de Petrov e Rosberg, e aí não havia ficção alguma, porque os dois também já tinham parado. Era necessário ultrapassá-los para esticar a mão em direção à taça.
Quando Vettel fez sua parada, Button assumiu a liderança. Era apenas um alento para o campeão de 2009, que cumpria tabela nos Emirados Árabes e ainda seria obrigado a fazer o pit stop. Foi o que aconteceu na 40ª volta, quando o piloto da RBR retomou seu posto de líder, voando a caminho do título. No retrovisor, ele via Alonso em oitavo, ainda com Petrov e Rosberg no meio do caminho.
Robert Kubica parou na 47ª volta e retornou na frente de Alonso, complicando ainda mais a vida do bicampeão. Com o tempo escorrendo pelos dedos, era preciso ganhar três posições na base do acelerador, sem pit stops. O título caminhava em alta velocidade para Vettel, que só precisava trazer o carro até a bandeirada final. Foi o que aconteceu.
A Fórmula 1 conheceu seu mais jovem campeão, roubando por cinco meses o posto que era de Hamilton e já tinha sido do próprio Alonso. Prêmio para quem foi rápido durante todo o ano, apesar de só ter conhecido a liderança na última corrida. Quando de fato importava.

Resultados completos do GP de Abu Dhabi:
1. Sebastian Vettel (ALE/RBR) - 55 voltas em 1h39m36s837
2. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 10s1
3. Jenson Button (ING/McLaren) - a 11s
4. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 30s7
5. Robert Kubica (POL/Renault) - a 39s
6. Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a 43s5
7. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 43s7
8. Mark Webber (AUS/RBR) - a 44s2
9. Jaime Alguersuari (ESP/STR) - a 50s2
10. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 50s8
11. Nick Heidfeld (FIN/Sauber) - a 51s5
12. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a 57s6
13. Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 58s3
14. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - a 59s5
15. Sebastien Buemi (SUI/STR - a 63s1
16. Nico Hulkenberg (ALE/Williams) - a 64s7
17. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - a uma volta
18. Lucas di Grassi (BRA/VRT) - a duas voltas
19. Bruno Senna (BRA/Hispania) - a duas voltas

20. Christian Klien (AUT/Hispania) - a duas voltas
21. Jarno Trulli (ITA/Lotus) - a quatro voltas
Não completaram:
Timo Glock (ALE/VRT) - a 12 voltas
Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - acidente
Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - acidente

Arte: desenho em homenagem ao blog!

Um grande amigo meu, Maxwel Paulo, que estuda comigo no mesmo colégio, adora desenhos.
Em homenagem ao blog, ele criou esta arte:
Parabéns amigo, belo trabalho!!!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Di Grassi responde a Ecclestone: "Ele mesmo colocou as novatas na F-1"

O britânico Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da Fórmula 1, criticou severamente o trio de novatas na categoria e o empresário Richard Branson, proprietário da Virgin. Para o brasileiro Lucas Di Grassi, piloto da equipe, o veterano dirigente foi incoerente.

"Foi ele mesmo que colocou essas equipes dentro da Fórmula 1. Ele está certo na medida em que não conseguimos resultados expressivos, mas precisamos de tempo para evoluir", disse o piloto da Virgin em entrevista à GE.Net após evento promocional realizado em São Paulo, na última quarta-feira.

Em 2010, Virgin, Hispania e Lotus disputam sua primeira temporada na categoria. Com baixo nível técnico e pouco investimento, as três equipes são as únicas que ainda não pontuaram no Mundial de Construtores. Em entrevista ao jornal Financial Times, Ecclestone bateu pesado nas novatas.

"Elas não nos beneficiam em nada, são uma vergonha. Precisamos nos livrar desses inválidos", afirmou, além de criticar o proprietário da Virgin. "Richard deveria colocar mais dinheiro na equipe dele, não? Ele poderia fazer o que Mateschitz (dono da Red Bull) tem feito e investir mais", completou.

BELGA NÃO É AMEAÇA

O brasileiro Lucas Di Grassi ainda está em situação indefinida com a Virgin para 2011, mas não enxerga o belga Jerome D\'Ambrosio, piloto de testes da equipe, como uma ameaça.

"A equipe já deixou claro que deseja continuar com os dois pilotos. Ainda não tenho nada certo e depende de algumas circunstâncias, inclusive financeiras de outros pilotos", explicou.

Jerome D\'Ambrosio pilota o carro da Virgin apenas nos treinos livres realizados às sextas-feiras. "Em termos de resultado, não tenho que provar mais nada para me manter", afirmou Di Grassi, confiante.
Apesar do tom ríspido de Ecclestone, Di Grassi assegura que não ficou chateado. "Eu não, não sou o dono da equipe", afirmou. "Hoje, é impossível competir com as outras equipes. Mas com o tempo, as atuais equipes pequenas vão ser equipes médias e assim por diante", acrescentou o piloto.

Para Di Grassi, a diferença de nível deve ser encarada como algo dentro da normalidade. "Sempre existiram equipes pequenas na Fórmula 1. Da mesma forma que existem times pequenos de futebol, de vôlei e de todos os esportes", argumentou.

Alheio à polêmica, Di Grassi se prepara para disputar o Grande Prêmio do Brasil pela primeira vez. "Será uma experiência nova e não vejo a hora de poder sentir a energia da torcida, que dizem ser bem diferente em Interlagos para os brasileiros. Estou muito animado. Tenho essa pista no coração", encerrou.

domingo, 26 de setembro de 2010

Alonso domina, foge de incidentes e vence de ponta a ponta em Cingapura

Uma excelente largada seria essencial para uma vitória no apertado circuito de rua de Marina Bay, sede do GP de Cingapura. Na pole, Fernando Alonso jogava tudo contra o ímpeto de Sebastian Vettel, segundo colocado do grid. E o espanhol da Ferrari jogou duro, mas limpo, defendendo sua posição espremendo o alemão ainda na reta dos boxes. Depois, o bicampeão apenas administrou a vantagem, se manteve à frente mesmo com duas entradas do safety car por causa de acidentes, resistiu a um ataque do rival nas últimas voltas e venceu de ponta a ponta a única corrida noturna da temporada. O piloto da RBR completou a prova na segunda posição.

Simulador: clique aqui e monte os resultados das últimas quatro corridas da temporada

De quebra, o espanhol ainda reagiu no Mundial de Pilotos. Ele subiu para a segunda posição, com 191 pontos, 11 atrás do líder Mark Webber, que chegou em terceiro e completou o pódio no circuito de Marina Bay. O australiano da RBR apostou em uma tática com uma parada no início da corrida, aproveitando a primeira entrada do safety car, ocasionada por um acidente entre Vitantonio Liuzzi, da Force India, e Nick Heidfeld, da Sauber, e superou os carros da McLaren no retorno à pista. Ele ainda escapou de um toque com Lewis Hamilton, que exagerou e abandonou a prova.







O inglês da McLaren, aliás, foi o grande perdedor da corrida. Além do abandono, ele caiu para a terceira posição do Mundial de Pilotos, 20 pontos atrás de Webber. Jenson Button, da McLaren, que também está na briga, chegou em quarto, após tentar, sem sucesso, um ataque sobre Webber nas últimas voltas. Nico Rosberg, da Mercedes, foi o quinto e Rubens Barrichello, da Williams, o sexto. O brasileiro se recuperou de uma largada ruim e conseguiu recuperar as posições perdidas.
Felipe Massa, que largou na última posição, fez seu pit stop na primeira volta e lucrou com a primeira entrada do safety car, quando ganhou várias posições. No fim, estava em nono, mas não resistiu ao ataque de Robert Kubica, da Renault, que tinha pneus mais novos. O polonês acabaria em sétimo e o brasileiro, em décimo. Mas ele acabou beneficiado por punições a Adrian Sutil e Nico Hulkenberg e subiu para a oitava posição após a corrida.
A próxima corrida da temporada 2010 da Fórmula 1 será o GP do Japão, disputado no tradicional circuito de Suzuka, no dia 10 de outubro. Com quatro provas para o fim, os cinco primeiros colocados no Mundial de Pilotos estão separados por 25 pontos - o equivalente a uma vitória no novo sistema da categoria. Webber tem 202; Alonso, 191, Hamilton, 182; Vettel, 181 e Button, 177.
A corrida
 Cingapura teve um dia relativamente seco, com umidade relativa do ar sempre em torno dos 65%, muito pouco para a região do circuito de rua de Marina Bay. Sem a chuva que caiu em todos os dias anteriores e tumultuou o início dos treinos livres, o asfalto estava sem as poças que atrapalharam os pilotos no início dos treinos de sexta-feira e de sábado.
A largada transcorreu sem problemas. O pole Alonso manteve a ponta, após defender sua posição do ataque de Vettel ainda na reta dos boxes. Hamilton, Button e Webber completavam a lista dos cinco primeiros na volta inicial. Já Barrichello, que saía em sexto, foi mal e caiu para oitavo, superado por Rosberg e Kubica.


Massa largou em último e ganhou três posições na primeira volta. Ele optou por fazer um pit stop rápido, logo na primeira volta, para tentar ganhar posições com os pneus duros. E a aposta acabaria rendendo frutos rapidamente, graças à primeira entrada do safety car, causada por Nick Heidfeld e Vitantonio Liuzzi, que se estranharam na pista. O italiano levou a pior e seu carro ficou parado na pista.
Quase todos os pilotos entraram para o pit stop, à exceção de sete dos oito primeiros. Webber foi o único dos ponteiros a parar, para tentar lucrar na fase final da corrida. Massa ganhou várias posições e subiu para o 14º posto, atrás de Hulkenberg, que estava preso por Sutil e Timo Glock, com o carro da VRT, mais lento que os rivais.
A relargada foi autorizada na sexta passagem e Alonso manteve a primeira posição, à frente de Vettel, que poupava o carro na parte inicial da prova. Webber se esforçava mais atrás e conseguiu três ultrapassagens em cinco voltas: Glock, na sexta; Kobayashi, na sétima; e Schumacher na décima. O australiano já era o oitavo colocado nesta altura da corrida.


A briga de Alonso e Vettel era para tentar conseguir uma vantagem de mais de 28 segundos para os rivais que já haviam feito seus pit stops. E os dois andavam em um ritmo quase um segundo mais rápido que as McLarens de Hamilton e Button. Webber, atrás de Barrichello, precisava forçar para tentar roubar o terceiro posto do campeão de 2008 após a parada.
Vettel começava a tirar a diferença de Alonso. O alemão estava a pouco mais de um segundo do rival na 29ª volta, quando a RBR e a Ferrari chamaram ambos para suas paradas. A equipe austríaca até foi mais rápida, mas o alemnão perdeu tempo ao tentar arrancar para a pista em segunda marcha. Os décimos perdidos com a engasgada foram suficientes para o espanhol.
Hamilton e Button fizeram suas paradas na 28ª e na 30ª volta, respectivamente. Como o ritmo da McLaren era mais lento, eles perderam posições para Webber, que tinha uma tática diferente. O australiano subiu para o terceiro lugar, atrás apenas de Alonso e Vettel. Só que, na 32ª passagem, o safety car fez sua segunda entrada, após um acidente entre Kamui Kobayashi e Bruno Senna, na curva que passa embaixo das arquibancadas.
Com muitos destroços na pista, o safety car ficou na pista até a volta 35. Na relargada, Alonso e Vettel se mantiveram nas duas primeiras posições, mas a disputa pelo terceiro posto pegava fogo. Webber foi atrapalhado pelos dois carros da VRT, retardatários, e Hamilton tentou ultrapassar. O inglês exagerou, acertou a roda dianteira direita do australiano e abandonou. Já o líder do campeonato conseguiu continuar. O incidente chegou a ser investigado, mas ninguém foi punido.
Quando tudo parecia tranquilo para o espanhol, Vettel começou a se aproximar perigosamente nas últimas voltas. Alonso, por sua vez, encarava vários retardatários das equipes estreantes, mais lentos, e o alemão colou em sua traseira. Mas o espanhol foi habilidoso e não perdeu tempo, sem dar chances ao rival da RBR, que cruzou a linha de chegada apenas dois décimos atrás.
Confira o resultado final do GP de Cingapura (309,087 km):
1 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 61 voltas em 1h57m53s579
2 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - a 0s293
3 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - a 29s141
4 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - a 30s384
5 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 49s394
6 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - a 56s1017 - Robert Kubica (POL/Renault) - a 1m26s559
8 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1m53s2979 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - a 2m12s416 (punido em 20 segundos)
10 - Nico Hulkenberg (ALE/Williams-Cosworth) - a 2m12s791 (punido em 20 segundos)11 - Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a 1 volta
12 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - a 1 volta
13 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 1 volta
14 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - a 1 volta
15 - Lucas di Grassi (BRA/VRT-Cosworth) - a 2 voltas16 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Cosworth) - a 3 voltas
Não completaram:
Timo Glock (ALE/VRT-Cosworth) - a 12 voltas/mecânico
Nick Heidfeld (ALE/Sauber-Ferrari) - a 25 voltas/acidente
Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 26 voltas/acidente
Christian Klien (AUT/Hispania-Cosworth) - a 30 voltas/mecânico
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - a 31 voltas/acidente
Bruno Senna (BRA/Hispania-Cosworth) - a 32 voltas/acidenteJarno Trulli (ITA/Lotus-Cosworth) - a 34 voltas/mecânico
Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India-Mercedes) - a 60 voltas/acidente
Melhor volta: Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m47s976, na 58ª

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Alonso comemora vitória na casa da Ferrari: 'É um sentimento fantástico'

Fernando Alonso admitiu que a primeira vitória pela Ferrari no GP da Itália, casa da equipe, é uma experiência muito emocionante, comparável ao seu primeiro triunfo em seu país, na Espanha, em 2006. O piloto se recuperou após bater na Bélgica, com a pole em Monza. Na corrida, ele superou Jenson Button, que tinha assumido a ponta na largada, após o pit stop.
- É algo que só posso comparar com a vitória em Barcelona, em 2006, minha corrida de casa. Foi um momento especial e este também é. É um sentimento fantástico - diz Alonso.
O espanhol descreveu sua vitória no GP da Itália como um enorme ganho motivacional para a Ferrari antes das corridas decisivas do campeonato deste ano. No entanto, ele disse que a equipe precisa achar a consistência neste ponto da temporada.
- Acho que este resultado dá uma boa motivação extra para toda a equipe. Estamos trabalhando duro e tentando não desistir: uma corrida ruim pode mudar muita coisa no campeonato. Foi um bom fim de semana, ao contrário de Spa. Precisamos achar consistência nas últimas cinco corridas. Esta será a chave. Precisamos aproveitar a note, descansar nos próximos dois dias. Estaremos em Maranello na segunda e na terça para agradecer a todos que trabalham na equipe.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Retratando Michael Schumacher, o anti desportivo.


Michael Schumacher: 41 anos, sete títulos ganhos de forma controvérsias e 91 vitórias também conquistadas como seus títulos.
Com a última corrida, na qual ele e Rubens Barrichello, seu arquiinimigo dos tempos de Ferrari foram a “sensação” das últimas voltas do GP húngaro.
Quando você lê isso acima, pode ser que eu esteja querendo falar bem do piloto alemão, pelo contrário, criei esse artigo para relembrar as controvérsias dele em seus tempos da Fórmula 1.

GP da Austrália, 1994: em um ano marcado pela morte de Senna e Ratzenberger, Schummy acerta o carro em Damon Hill e vencendo seu 1º campeonato.

GP da Espanha, 1997: Schumacher queria quebrar o jejum de títulos da Scuderia, mas fez isso de uma forma ousada. Resultado: Michael perde o título e até mesmo o vice, pois foi desclassificado do mundial.

GP da Áustria, 2001: A Ferrari pede a Rubens Barrichello a ceder passagem a Schumacher. Ele terminou a prova em segundo, atrás apenas de David Coulthard.

GP da Áustria, 2002: Rubens Barrichello cede mais uma vez a posição a Schummy, só que dessa vez, o alemão venceu a corrida e Rubens ficou em 2º.

GP de Mônaco, 2006: Schumacher para o carro na curva Rascasse, provocando uma bandeira amarela e prejudicando a volta de um dos seus maiores rivais: Fernando Alonso que, na ocasião, viria a ser bicampeão mundial.

GP de Mônaco, 2010: Schumacher ultrapassa Alonso em uma bandeira amarela ocasionada pelo acidente de Jarno Trulli e Karun Chandhok, na última volta. A regra diz que, quando a prova terminar sob Safety Car, as posições têm que ser preservadas até cruzarem a linha de chegada.

GP da Hungria, 2010: Schumacher joga o carro para cima de Rubens Barrichello fazendo com que o brasileiro quase que colide com o muro. Schumacher foi punido com a perda de 10 posições no grid do GP da Bélgica.

domingo, 1 de agosto de 2010

Com tática ousada, Webber agradece à sorte no GP: 'Foi como um presente'

Após a vitória no GP da Hungria, Mark Webber admitiu que a sorte estava ao seu lado neste domingo. O australiano da RBR caiu para terceiro na largada e assumiu a ponta ao não fazer a parada  durante a entrada do safety car. Depois, com um desempenho excepcional e 43 voltas com os pneus supermacios, menos resistentes, ele conseguiu fazer seu pit stop sem perder a liderança. Sebastian Vettel, seu companheiro, sera o primeiro com folga, mas foi punido por deixar um espaço muito grande para Webber antes da relargada.
- Foi como um presente para mim. Não tinha muitos ainda, mas aceitei. A sorte foi ruim com Vettel. É um dia incrível para a equipe. Uma dobradinha era nosso objetivo, mas infelizmente não conseguimos. Pelo menos ainda marcamos uma boa quantidade de pontos - diz Webber.
Com a quarta vitória no ano, o australiano voltou à liderança do campeonato, quatro pontos à frente de Lewis Hamilton, da McLaren, que abandonou neste domingo. Apesar da boa situação, Webber disse que a equipe austríaca continua cautelosa na temporada.
- Conseguir maximizar suas oportunidades é sempre bom, independente do que acontece com nossos rivais. Não estamos à frente de nós mesmos. Ainda temos uma boa parte do campeonato pela frente, com desafios diferentes para nós e para os carros. É bom ter mais pontos do que os outros, mas ainda não ganhamos nada neste ano.
O australiano disse que o segundo lugar era o máximo que poderia conseguir, apesar da má largada e de ter perdido posição para Alonso. Ele disse que a corrida foi complicada.
- A não ser que Vettel tivesse um problema técnico ou cometesse um erro, a corrida era dele. Ele estava na pole e liderou a primeira parte da corrida. Chegar em segundo era o máximo que esperávamos, mas às vezes isso acontece. A maioria das minhas outras vitórias não vieram pela sorte. Ele perdeu duas posições e perdemos alguns pontos no Mundial de Construtores, mas não estou reclamando. Mas a corrida não foi fácil.

Vettel lamenta punição: ‘Se não fosse aquilo, seria um passeio no parque’

O que era para ser um “passeio no parque” acabou virando um pódio amargo para Sebastian Vettel. Punido pela direção da prova por violar uma regra quando o safety car entrou na pista, o alemão da RBR perdeu a chance de vencer o GP da Hungria neste domingo. Após a prova, ele lamentou o episódio, mas se disse feliz por ter garantido ao menos o terceiro lugar na prova, vencida pelo companheiro Mark Webber.
- Dei azar. Teria sido um passeio no parque se não acontecesse aquele episódio. De todo modo, ao menos garantimos o pódio – afirmou o piloto da RBR.
Quando o safety car deixou a pista na 18ª volta, Vettel permitiu que Webber abrisse uma diferença equivalente ao espaço de mais de dez carros, o que é ilegal. Com isso, acabou punido com um drive through – passagem pelos boxes.
- Eu estava esperando instruções pelo rádio, então não vi quando a luz do safety car se apagou. Estava aquecendo o carro e achei que teria mais uma volta. Perdi muito tempo ali, não era essa a intenção. Aí veio o drive through. Não entendi por que tinha sido punido, só fui entender quando me disseram depois da corrida – disse o piloto.



Vettel:passeio no parque não concretizado 

sábado, 31 de julho de 2010

RBR confirma domínio, Vettel quebra recorde e Ferrari sai na 2ª fila.

Antes de começar a classificação, a pergunta que não queria calar era: qual das RBR’s iria se classificar na pole position?
Essa pergunta foi bem respondida por Sebastian Vettel, que marcou o tempo de 1.18:773, quebrando o recorde de Michael Schumacher, em 2004, quando marcou 1.19:146. Webber foi o segundo, 411 milésimos mais lento do que seu companheiro de equipe.
Sem condições de bater os carros azuis, a Ferrari teve que se contentar com a segunda fila, com Fernando Alonso e Felipe Massa, em 3º e 4º, respectivamente.
Já Rubens Barrichello teve problemas de aquecimentos do pneu traseiro e ficou em 12º, atrás de Jenson Button (McLaren) que marcou o 11º tempo.


        Vettel: pole e recorde da pista

sexta-feira, 30 de julho de 2010

TOP 10: Acidentes de brasileiros da F1

Em 60 anos de Fórmula 1, apenas 29 pilotos brasileiros tiveram a honra de participar da desta categoria tão importante do mundo.
Porém, oito desses sofreram 18 acidentes graves. O mais recente é o de Felipe Massa, da Ferrari.
Confira agora a lista de acidentes de brasileiros na F1:


México, 1991: Liberado para correr após um acidente de Jet ski, Ayrton Senna estava no treino classificatório quando perdeu o controle de sua McLaren. Com o impacto, o carro capotou e ficou de cabeça de baixo.

Argentina, 1996: Em seu primeiro ano pela Ligier, Pedro Diniz fazia uma prova sem pretensões. Porém, ao sair dos boxes com o tanque cheio, foi surpreendido por chamas no carro. O piloto só queimou as mãos levemente.


Brasil, 1999: No treino livre de sábado, a suspensão do BAR de Ricardo Zonta quebrou quando ele fazia a curva do Laranjinha e atingiu violentamente a barreira. O piloto teve um grave perfuramento na perna esquerda.


Europa, 1999: Também em 1999, Diniz escapou por pouco de sofrer graves lesões na coluna cervical - consequência de um acidente ocorrido após a largada: Alexander Wurz desviou de Damon Hille bateu na roda traseira da Sauber de Diniz, que capotou e houve uma inexplicável quebra do santantônio.


Alemanha, 2001: Após um problema no carro, Schumacher ficou lento no grid e foi abalroado por Luciano Burti, que levantou vôo e capotou sem gravidade.
Bélgica, 2001: Ao tentar ultrapassar Irvine, Burti tocou o carro do rival e bateu. O impacto foi tão forte que o piloto apagou e ficou no hospital por uma semana.

França, 1989: A largada em Paul Ricard é lembrada até hoje pelo capotamento de Maurício Gugelmin, que, após um toque com a Ferrari de Mansell, ficou de cabeça para baixo. Felizmente o piloto nada sofreu.

San Marino, 1994: Na sexta-feira do fatídico fim de semana, a Jordan de Rubens Barrichello bate violentamente na barreira de proteção e capotou. Ele quebrou o nariz e uma costela.

França, 1992: Na classificação, Christian Fittipaldi não respondeu ao comando e o saldo foi um forte impacto traseiro contra um muro. Embora ele tenha saído do carro sozinho, radiografias mostraram que houve fraturas na 5ª e 6ª vértebras. Ficou 57 dias de molho, cinco corridas fora.

Holanda, 1973: Na classificação, Emerson Fittipaldi, ao fazer uma curva veloz de Zandvoort, é surpreendido com a quebra da roda dianteira direita. Seu carro levanta vôo, e cai encima da proteção de pneus e, com o impacto, rompeu-se a tubulação de combustível e teve de ser ajudado por outros pilotos.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Fórmula Indy: Em nome da segurança


A Fórmula Indy é considerada um esporte de alta velocidade. Por isso, a segurança, antes de qualquer coisa, é sempre levada em consideração quando o assunto está em pauta
Por isso, resolvi falar de alguns dispositivos que podem ser considerados como “salvadores” entre o circo da categoria.
SAFER Barrier: em 1º de maio de 2003, Tony George, presidente da IRL, anunciou uma inovação que iria revolucionar a segurança no automobilismo de competição: o SAFER Barrier. O termo SAFER represente Steel and Foam Energy Reduction( absorção de energia com aço e espuma). A novidade foi instalada ao longo das quatro curvas do autódromo de Indianápolis para toda a programação das 500 Milhas daquele ano. A barreira é constituída de blocos de 6 metros. Cada módulo conta com quatro tubos de aço, unidos por solda para formarem uma única peça. Uma nova versão do sistema foi introduzida na segunda metade da temporada de 2003.



 SAFER Barrier: uma alta tecnologia, em nome da Indy.

Não é seguro? Adia tudo!
Um episódio em específico tornou clara, durante a temporada 2008, a prioridade da Indy Racing League com a segurança de seus competidores e integrantes de quipes:infiltrações no circuito de Motegi, conseqüência da forte chuva que caiu na sexta-feira, levaram a entidade a suspender a prova, que seria realizada no sábado, mesmo diante de arquibancadas lotadas e emissoras de TV prontas para a transmissão.
No domingo, o problema foi resolvido e Helio Castroneves foi o pole, mas foi Danica Patrick que venceu a prova, se tornando a primeira mulher a vencer uma categoria top.

O procedimento de resgate de pilotos
 PM-Paramédico
 LD-Médico
F1-Bombeiro 1
F2-Bombeiro 2
CL-supervisor de equipe
IC-Chefe do atendimento
TD- Diretor Médico

Encima, vimos como é o posicionamento da equipe de resgate na Fórmula Indy.


Ao Lado, você vai ver como é os outros procedimentos após um acidente na Fórmula indy.



Aqui você pode ver como é os carros de resgate e de apoio da categoria.
Com todo esse aparato, ainda é difícil de evitar acidentes de grandes proporções, mas podem ser eficazes(ou não) em resgate.

Acidente do piloto Stan Fox nas 500 Milhas de Indianápolis: um incrível acidente que poderia ter sido evitado

Fotos:as 10 maiores vergonhas da Fórmula 1


GP da Alemanha de 2010: Felipe Massa liderava a corrida em Hockenheim e a menos de 15 voltas do final recebe a ordem da Ferrari para liberar a posição para o espanhol Fernando Alonso


GP de Portugal de 1989: Desclassificado da corrida por uma manobra ilegal no pit stop, Nigel Mansel, da Ferrari, ignorou a bandeira preta, seguiu na pista e se tocou com a McLaren de Ayrton Senna (na foto, retornando aos boxes); o acidente beneficiou Alain Prost, companheiro de Senna na McLaren e que no ano seguinte levaria o número 1 para a escuderia de Maranello


GP do Japão de 1989: Para ser campeão, Alain Prost joga o carro de forma proposital e provoca um acidente com Ayrton Senna a poucas voltas do fim do GP do Japão de 1989 - o brasileiro, mesmo com o bico quebrado, consegue voltar, trocar a peça e completar a prova em primeiro, mas é desclassificado por ter cortado a chicane; com a decisão, o piloto da França leva o título 
 

GP do Japão de 1990: Com a situação inversa do ano anterior, Ayrton Senna bate em Alain Prost depois da largada e festeja de forma antecipada o segundo dos seus três títulos mundiais

GP da Europa de 1997: Michael Schumacher estava próximo de quebrar o jejum de títulos da Ferrari - bastava não permitir que Jacques Villeneuve somasse mais pontos que ele no GP final em Jerez de la Frontera. Com melhor rendimento, o canadense da Williams fez a manobra de ultrapassagem depois do pit stop, mas o alemão tentou provocar o acidente, errou e saiu sozinho da prova. Schumacher foi desclassificado da temporada e nem com o vice ficou - pior: teve que ir aos tribunais da FIA se explicar

GP da Áustria de 2001: Brasileiro Rubens Barrichello, da Ferrari, deixa o companheiro alemão Michael Schumacher passar no fim e ajuda o companheiro a terminar em segundo, atrás apenas da McLaren do escocês David Coulthard

GP da Áustria de 2002: Brasileiro Rubens Barrichello repete o gesto do ano anterior - desta vez, ainda pior por estar em primeiro quando permitiu a poucos metros do fim a ultrapassagem do alemão Michael Schumacher. A marmelada da Ferrari provoca a criação da regra contra ordens de equipe



GP dos EUA de 2002: Para devolver a gentileza a Rubens Barrichello, Michael Schumacher reduz a velocidade a poucos metros do fim e "deixa" o companheiro vencer em Indianápolis 

Temporada de 2007: A McLaren, por pouco, não acabou banida da F1 ao ser descoberto que o projetista da escudeira inglesa, Mike Coughlan, havia obtido informações confidenciais da rival Ferrari por meio de Nigel Stepney, chefe dos mecânicos do time italiano. O piloto espanhol Fernando Alonso, que corria pela McLaren e estava insatisfeito com o tratamento dado ao inglês Lewis Hamilton, colaborou com a FIA na investigação

GP de Cingapura de 2008: Nelsinho Piquet bate de forma proposital e provoca a entrada do safety car, ajudando o companheiro de Renault, o espanhol Fernando Alonso, que já havia feito um pit stop, assumir a liderança e vencer a corrida

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A Vergonhosa vitória da Ferrari na Alemanha é comentado por todos , tanto ex-pilotos quanto pilotos atuais na F1.


A vergonhosa vitória de Fernando Alonso no último GP, em Hockenheim, Alemanha, despertou o ódio em todos envolvidos no circo da F1.
O ex-piloto e tricampeão da categoria, o austríaco Niki Lauda, se juntou ao grupo dos inconformados com a atitude da Ferrari:
“-Foi um óbvio e inaceitável episódio de ordens de equipe. As pessoas compram ingressos para ver o melhor piloto vencer. O que aconteceu foi uma fraude para os espectadores. A Ferrari estava com um desempenho muito superior. Por que eles quiseram arruinar isto tudo em vez de ter uma vitória perfeita?”
O ex-piloto também criticou Alonso:
“-O que Fernando falou não tem o menor sentido. Ele mostrou que não tem caráter”.

 Lauda: do lado dos contra o jogo de equipe da Ferrari

domingo, 25 de julho de 2010

FIA multa Ferrari, e polêmica do GP será julgada no Conselho Mundial

Após discussões entre os comissários, a Ferrari acabou sendo considerada culpada por ter ordenado a troca de posições entre seus pilotos no GP da Alemanha. A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) multou o time em US$ 100 mil (cerca de R$ 178 mil) por uma considerada atitude antidesportiva e julgará o caso em uma reunião extraordinária do Conselho Mundial da entidade. O resultado da corrida em Hockenheim, portanto, está sub júdice.
Os comissários decidiram que a Ferrari infringiu os artigos 39.1, que proíbe ordens de equipe, e 151c, que fala sobre atitudes antidesportivas que sujem a imagem do esporte. Eles começaram a investigar o caso logo após o término do GP da Alemanha, neste domingo em Hockenheim. Stefano Domenicali, chefe da equipe, e Massimo Rivola, diretor, tiveram de ir à torre de controle do autódromo para explicar o incidente e as ordens codificadas na comunicação por rádio durante a corrida. Alonso e Massa também foram chamados.

Ferrari manda recado, Massa abre e cede vitória a Alonso em Hockenheim


O domingo para os brasileiros na Fórmula 1 terminou com um gosto amargo que não era sentido há tempos. Após uma bela largada, quando superou Fernando Alonso e Sebastian Vettel para assumir a liderança do GP da Alemanha, Felipe Massa se dedicou a segurar a pressão do companheiro de equipe. Resistiu aos ataques do espanhol, que chegou a se irritar – “Isto é ridículo!” – com a resistência do brasileiro. A bravura, no entanto, caiu por terra na 49ª volta, a 18 do fim, quando a Ferrari decidiu acabar com a disputa. Rob Smedley, engenheiro de Massa, disse pausadamente, dando ênfase a cada palavra:

- Fernando está mais rápido que você. Pode confirmar que entendeu esta mensagem?

O efeito foi imediato. Felipe quase parou o carro na pista para ceder a liderança da corrida a Alonso. Com a “ajudinha” da equipe, o espanhol venceu o GP em Hockenheim, seu segundo triunfo na temporada 2010. O brasileiro chegou em segundo, seguido por Vettel, da RBR, Lewis Hamilton e Jenson Button, a dupla da McLaren. Para completar o constrangimento, Massa ainda ouviu no rádio outra mensagem do engenheiro, se desculpando pelo "incômodo":

- Boa decisão. Temos de ficar assim agora. Desculpe.

Blog Voando Baixo: Na manobra da Ferrari, ninguém é inocente - nem Felipe Massa. Leia!


A manobra polêmica rendeu imediatamente à Ferrari uma multa de US$ 100 mil, aplicada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Além disso, o Conselho Mundial vai convocar uma reunião extraordinária - ainda sem data marcada - para julgar o caso.

Após a bandeirada, Alonso cumpriu o protocolo, subiu no carro para comemorar e se dirigiu a Massa. A recepção do brasileiro foi fria, com tapinhas tímidos nas costas do espanhol. Nada mais que isso. Em seguida, na entrevista coletiva, Felipe seguiu a cartilha e até elogiou o trabalho da Ferrari, mas foi irônico ao ser perguntado sobre a ultrapassagem:

- Não preciso dizer nada sobre isso.

O episódio deste domingo  revive o GP da Áustria de 2002, quando Rubens Barrichello chegava para vencer a prova, e a mesma Ferrari mudou o rumo das coisas. Na ocasião, o brasileiro foi obrigado a frear bruscamente nos últimos metros para a ultrapassagem do companheiro Michael Schumacher.

Decidido pela estratégia do time italiano, o GP da Alemanha mantém o inglês Lewis Hamilton na liderança do campeonato, com 157 pontos, 15 à frente do companheiro Jenson Button, e 19 à frente de Mark Webber (sexto colocado no domingo) e Sebastian Vettel, a dupla da RBR. Com a vitória, Alonso subiu para 123 e, em quinto, se aproximou da briga pelo título. Massa é o oitavo, com 85 pontos. A próxima corrida será disputada no próximo domingo, dia 1º de agosto, na Hungria, a última antes da pausa para as férias de verão da Fórmula 1.


Rubens Barrichello, da Williams, chegou em 12º lugar no domingo. Bruno Senna, da Hispania, foi o 19º, o último piloto entre os que completaram a prova. Lucas di Grassi, da VRT, abandonou a 17 voltas do fim por problemas mecânicos.

A corrida

Mesmo com tempo nublado em Hockenheim, a ameaça de chuva passava longe do circuito antes da largada. E a largada já tratou de injetar emoção na corrida. Após uma dividida de Vettel com Alonso, ainda na reta dos boxes, Massa foi esperto e superou os dois rivais para assumir a ponta. O espanhol se manteve à frente do alemão e ficou com a segunda posição no início da corrida. Com bom desempenho, os carros da Ferrari começaram a abrir vantagem para Vettel.

A partir daí, as emoções se resumiram ao duelo interno entre Massa e Alonso pela liderança. A Ferrari optou por não ordenar a troca de posições no começo da prova, e Massa andava rápido com os pneus supermacios. Nem na hora do pit stop a equipe italiana interferiu na disputa: Alonso foi chamado aos boxes na 13ª volta, mas o brasileiro entrou na passagem seguinte, e os dois tiveram o mesmo tempo de parada.

Com os pneus duros, Massa começou a ter problemas com o aquecimento da borracha. Alonso ganhou fôlego e se aproximou rapidamente do brasileiro, que travava as rodas em excesso. Na 21ª volta, o espanhol tentou a manobra no hairpin do circuito, mas Massa se defendeu bravamente e continuou na dianteira. O bicampeão da F-1 não desistiu e tentou outra vez na passagem seguinte, sem sucesso. Chegou a se irritar e reclamar pelo rádio da resistência do companheiro de equipe:

- Isto é ridículo! - protestou.

Enquanto sentia Alonso em seus calcanhares, Massa aos poucos conseguiu dar a temperatura ideal a seus pneus e encaixou uma série de cinco voltas muito rápidas, abrindo quase quatro segundos em relação ao espanhol. A partir daí, os dois começaram a andar no mesmo ritmo. Eles se revezavam nas voltas mais rápidas, mas a vantagem permanecia na casa dos três segundos.

Na 39ª passagem, Massa voltou a perder terreno para Alonso, que andava muito bem no primeiro e terceiro setores da pista. O espanhol reduziu a desvantagem para menos de um segundo. Aí veio a manobra que mudou tudo.

A comunicação por rádio com o brasileiro foi mostrada na transmissão oficial da TV. Falando pausadamente, o engenheiro informou que Fernando estava mais rápido e pediu que Massa confirmasse o entendimento da mensagem.

Na 49ª volta, o brasileiro mostrou que entendeu perfeitamente. Ele quase parou seu carro na pista para que o bicampeão mundial o ultrapassasse. Relegado à segunda posição, Felipe chegou a receber um pedido de desculpas de Rob Smedley. O espanhol, então, começou a andar mais forte, até para justificar a decisão da Ferrari, enquanto Massa apenas mantinha seu ritmo.

Alonso teve tranquilidade para cruzar a linha de chegada em primeiro, sem sustos. Massa cruzou quatro segundos atrás, mas não chegou a ser ameaçado por Vettel, que completou em terceiro. O alemão fez voltas mais rápidas na parte final da prova, mas não foi o suficiente para lhe deixar em condições de dar o bote no brasileiro.

Poucos minutos depois, o abraço frio e protocolar de Massa no vencedor Alonso deixou claro que a dobradinha da Ferrari não significava necessariamente uma tarde de festa para a equipe italiana na Alemanha. Um triunfo constrangido.

Confira o resultado final do GP da Alemanha (306,458km):

1 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 67 voltas em 1h28m38s866
2 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 4s196
3 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - a 5s121
4 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 26s896
5 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - a 29s482
6 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - a 43s606
7 - Robert Kubica (POL/Renault) - a 1 volta
8 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 1 volta
9 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 1 volta
10 - Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a 1 volta
11 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - a 1 volta
12 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - a 1 volta
13 - Nico Hulkenberg (ALE/Williams-Cosworth) - a 1 volta
14 - Pedro de la Rosa (ESP/Sauber-Ferrari) - a 1 volta
15 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - a 1 volta
16 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India-Mercedes) - a 2 voltas
17 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - a 2 voltas
18 - Timo Glock (ALE/VRT-Cosworth) - a 3 voltas
19 - Bruno Senna (BRA/Hispania-Cosworth) - a 4 voltas

Não completaram:
Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Cosworth) - a 11 voltas/mecânico
Lucas di Grassi (BRA/VRT-Cosworth) - a 17 voltas/mecânico
Sakon Yamamoto (JAP/Hispania-Cosworth) - a 48 voltas/mecânico
Jarno Trulli (ITA/Lotus-Cosworth) - a 64 voltas/mecânico
Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - a 66 voltas/acidente

Melhor volta: Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m15s824, na 67ª